Odisséía de Judas
Brilha mais que o relâmpago no Paraíso
no inferno insetos caminhão pela morte
o anjo foge domado e confuso
nuvens abrem a escuridão no corte
pressão do sangue tem remorso
do grito no vácuo quando o sol morrer
o filantropo arruinado no seu esforço
vivendo nas sombras sente o sabor de perder
larga e profunda Odisséia de Judas
para os detidos no nono portal
agulhas negras adubão com iodo as mudas
brotão traidores no quintal
inimigos dos muros de água benta
coração negro com os crivos da ressureição
blindagem ramificada e sedenta
pupila dilatada do olho sem feição.
Arthur Nett
09/04/2011
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