A Grande Fera
A grande fera atravessa a cachoeira
lavo as mãos com sangue antes do carteado
num ritual pagão da nuvem negra no céu aberto a barreira
onde o osso duro abre as dez toneladas do cadeado
gavião negro no fim do corredor
a rosa maldita perfuma o coroinha
com cinzas do vulcão irrigador
profanando o túmulo daquela que foi minha
campo de batalha vasto
no conflito sem fim
bolsas de sangue são o pasto
da erva do demonio no jardim
colei seus olhos na escuridão
vivendo o brilho das sombras
esplendor da barbarie abaixo do cinturão
fagulha do inferno e sangue nas obras
Arthur Nett 08/06/2011
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