terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Oceanos de Sangue












Oceanos de Sangue

Cem gramas de mato seco
do jardim inglês a sete palmos
são o ponto de equilíbrio do beco
da terra incógnita imune aos salmos

passos largos do portão
acorrentado pelo cadeado do aríete
escuridão embriagada no balcão
com o anjo raro e triste

Oceanos de sangue correm os olhos do refém
piscam as estrelas virgens congeladas
acenando para as cortinas do bem
bandeja do Diabo serve as luzes profundas

vale profundo das montanhas sombrias
no fundo do barril da região da Toscana
bebe o sangue das virgens sóbrias
sou a fenda da montanha na natureza Humana.

Arthur Nett
03/05/2011

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