quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Grito Calado



Grito Calado

No coração negro a uma mancha de sangue inocente
envenenando com a piedade
aquele que não é gente
e vive a Eternidade

o vento recebendo
um grito calado
daquela que ia morrendo
alimentando o ser desalmado

as civilizações são a poeira
nos olhos do vampiro
descartados como areia
dragados num suspiro

as viúvas dizem adeus
ao Sol que está se pondo
seus esposos encofraram Deus
e eu com o sangue deles continuo compondo.

Arthur Nett
15/10/2012

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