terça-feira, 13 de novembro de 2012

Príncipe das Sombras





Príncipe das Sombras

Na estante do porão cavado a pá
o príncipe das sombras deu adeus
aos diurnos que bebem drinque d’água
estáticos cordeiros de Deus

cachoeira de veneno perde
a rebelião dos deuses fracos
dirigem na estrada que arde
e o pedágio são os cacos

as trevas perderam seu pino
civis como ratos de laboratório
harpas sombrias são o sino
em luzes vazias como velório

soldados de chumbo a milhas de distância
combatem o imenso tumulto
entre a fuga do amanha e a constância
da claridade que cumpre pena no vulto.

Arthur Nett
01/05/2011

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