segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Ampulheta da Escuridão


Ampulheta da Escuridão


O grito ao vento sussura no meu ouvido
o ritmo do duelo dos morcegos
no banho de sangue tudo faz sentido
nuvens negras deixão os devotos do sol cegos

A ampulheta da escuridão pertence ao Czar
soberano das lágrimas negras dos soldados da resistência
envolvido com a sorte aposta no azar
enegrecendo e engarrafando a existência

as veias da torre destilão o veneno
moita cevada com respingos de sangue
suborno gargolas com carne e veneno
nossos azarões sentem o mormaço do mangue

o perfume do desespero dos humanos fede
como agrado apaguem todas as luzes
a trilha da escuridão tem sangue que não se mede
com os ossos dos mortos fazem novas cruzes.

Arthur Netto
26/03/2011

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