Sangue Pirofano
Distantes e crueís as mortes estão de luto
virando as páginas do amor escrito com sangue
brigadas e afogadas pelo negro fruto
gigante que serve o justo tecido do mangue
bereta do ferétro abstrata
do posto sóbrio de ressaca
no tempo dos assassinos de lata
é medida a poluição pelo Alasca
dez mil sols ardem escuros
riscam no quadro negro da Terra
puritanos são gizes sinceros
santuário de sangue que erra
lágrimas de sangue pirofano
são amantes da vanguarda
cônjuge do ominoso e profano
que afoga a alma que nos guarda.
Arthur Nett
28/04/2011
Nenhum comentário:
Postar um comentário