quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Arredores da Morte


Arredores da Morte


O inferno caminha na Terra
o capeta espera no fim da linha
ninguem mais caminha na luz da Terra
a noite inteira será minha

a herança maldita levanta
no túmulo da terra de ninguem
profanada a lápide pura da santa
á melodia celestial é rejeitada no cemitério do além

veneno lento como fogo no nó de pinho
no temporal queima para sempre
cavo na teia da armadeira o ninho
do amor tórrido no túmulo do seu ventre

a pá afundando no brejo
o céu noturno brilhando o vestido branco
nos arredores da morte vive o desejo
bebendo do seu sangue na sombra do tronco.

Arthur Nett
25/08/2011

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